Coronavírus: o que está por trás da decisão de Donald Trump de suspender financiamento à OMS


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Image captionTrump acusou OMS de estar 'do lado da China'
O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender temporariamente a contribuição financeira de seu país à Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto investiga o papel do organismo internacional na atual pandemia de coronavírus, se materializou na terça-feira (14/04).
Mas não foi uma decisão que causou tanta surpresa.
Há muito já se especulava que os ataques de Trump à OMS não se restringiriam apenas à retórica.
Os EUA são o país que mais contribui para o orçamento do organismo multilateral baseado em Genebra, na Suíça. O Brasil também é um importante financiador da OMS, embora não tenha pagado sua contribuição em 2019 e 2020, conforme revelou o blog do jornalista Jamil Chade no Uol.
A dívida brasileira com a organização era de R$ 169 milhões até 31 de março, uma das maiores, segundo apontam documentos internos da OMS.

Mas o que motivou Trump?

Há dois motivos principais, mas ambos envolvem a China, diz Barbara Plett-Usher, correspondente da BBC no Departamento de Estado dos EUA.
Por um lado, o anúncio tem a ver, evidentemente, com o coronavírus.
Integrantes do governo Trump acusaram a OMS de ter cometido erros no tratamento da pandemia, dizendo que a organização foi influenciada pela China.
Eles alegam que a OMS apoiou o plano de ação do governo chinês, que subestimou o vírus, e que não o pressionou o suficiente em busca de informações.
Em particular, o presidente Trump demonstrou descontentamento com as críticas da OMS à sua decisão de impedir a chegada de voos da China aos EUA.
Por outro lado, acrescenta Plett-Usher, é parte de um esforço maior do governo Trump para reduzir a crescente influência global da China , especialmente em organismos internacionais.


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