Casa dos Ventos e Comerc fecham parceria para desenvolvimento de novos projetos de hidrogênio verde no Nordeste
A Casa
dos Ventos e Comerc fecharam uma nova parceria para desenvolver projetos de
hidrogênio verde com foco na região no Nordeste
A empresa de energia renovável Casa dos Ventos e o grupo
Comerc fecharam uma parceria para desenvolver projetos de hidrogênio verde no
Brasil, um produto que agora é visto como um dos principais atores da baixa
emissão de carbono nos próximos anos. A Comerc entrou na parceria com a Casa
dos Ventos através da sua empresa Nexway, onde o presidente Marcel Haratz
,afirma ter procurado por interessados em projetos de hidrogênio verde que
demandariam cerca de US$ 4 bilhões nos próximos dez anos.
Acordo
vem após a Comerc anunciar venda de 50% de capital
O hidrogênio verde é produzido em um eletrolisador que
utiliza energia limpa, fazendo dele um combustível forte no combate às mudanças
climáticas. Além de ser usado em alguns veículos, futuramente, também há o uso
do hidrogênio nas indústrias alimentícias e em várias outras.
A Casa dos Ventos e a Comerc podem investir em projetos
próprios e também desenvolver unidades para vender a investidores interessados,
em modelo semelhante com o que a Casa dos Ventos utiliza atualmente em seus
projetos de energia renovável.
De acordo com Haratz, foi decidido investir e desenvolver
projetos de hidrogênio verde para o consumo no país e para exportação para o
mercado de fora. O presidente da empresa afirmou quer fará uma apresentação
sobre o assunto na COP26.
A parceria entre a Casa dos Ventos e a comercializadora é
anunciada quase um mês após da divulgação de um acordo para a venda de metade
do capital da Comerc à distribuidora Vibra, que por sua vez, tem buscado se
reposicionar diante da transição para uma economia de baixa emissão.
Acordo
das empresas terá foco no Nordeste
Haratz não informou a localização e o investimento dos
projetos com a Casa dos Ventos, mas afirmou que a região Nordeste deve abrigar
as unidades, pelo potencial de geração de energia solar e eólica.
A região também é mais próxima da Europa, um ótimo mercado
para o produto. O presidente afirmou que é provável que a unidade de hidrogênio
verde seja a primeira a operar em média escala efetivamente no Brasil.
A viabilidade econômica das unidades de hidrogênio verde
subiu após queda do custo de energia renovável. Haratz afirmou que a utilização
do hidrogênio verde começa a se tornar viável e se 70% do custo para produzir o
combustível é energia elétrica, o país possui um papel essencial nisso.
Casa dos
Ventos planeja possuir 12GW em energia eólica e 8GW em solar
De acordo com Lucas Araripe, Diretor de Novos Negócios da
Casa dos Ventos, ainda não há uma discussão sobre certificação e tecnologia,
mas como foi feito em outros projetos eólicos é necessário acreditar no
desenvolvimento.
Atualmente a empresa conta com 1,5 GW em energia eólica,
entre empreendimentos em operação e construção e planeja duplicar até 2026.
Para o futuro, a empresa planeja ter 12 GW em energia eólica e 8GW em energia
solar.
Os executivos afirmaram que as companhias estão se
preparando para participar de um leilão de hidrogênio verde que deve ser feito
pelo governo alemão nos próximos meses.
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