Brasil, Alemanha e EUA não aceitam pacto firmado por 24 países na ONU para eliminar as vendas de carros a combustão em 2040
Pensando
nos carros a combustão, o Brasil, Alemanha, EUA e China não entraram no pacto
formado por 24 países da ONU. A iniciativa visa acabar coma a venda de carros
poluentes até 2040
O Brasil decidiu ficar de fora de um pacto composto por 24
países na ONU para que a comercialização de carros a combustão prevaleça em
2040. No pacto estão países como o Canadá, Holanda, Chile, Nova Zelândia,
Irlanda e Reino Unido. Da América Latina, o Paraguai e Uruguai se mostram
interessados em compor o acordo. Embora o Brasil tenha decidido não entrar, ele
não foi o único país a não concordar com a data de 2040. EUA, Alemanha e China
também não concordaram com o fim da venda de carros a combustão.
Diferentemente
do Brasil, montadoras da Alemanha e EUA, apoiam o pacto na ONU
No grupo, também entram montadoras que apoiam a medida na
Conferência da ONU em relação às Mudanças Climáticas, que ocorre em Glasgow, na
Escócia. A Ford, dos EUA, Mercedes-Benz, da Alemanha e a Volvo, da Suécia,
apoiam a decisão de encerrar as comercializações de carros a combustão em 2040.
Entretanto, do outro lado, assim como o Brasil, Alemanha,
EUA e China, a Toyota e Volkswagen ficaram de fora da medida da ONU. Por parte
da Toyota entende-se a sua posição, tendo em vista que a montadora se trata de
um dos maiores players contra a decisão de eletrificação total. A gigante
nipônica aposta nos carros híbridos com hidrogênio e etanol como combustível,
além desse último reagente em células de combustível.
No caso da marca da Alemanha, Volkswagen, que atualmente é
um dos maiores players dedicados a eletrificar, a decisão de não apoiar o pacto
da ONU, assim como o Brasil e o EUA, vem de sua posição na América do Sul e na
China.
Volkswagen
tem planos para desenvolvimento de biocombustíveis no Brasil
O motivo da Volkswagen ficar de fora é o plano atual de
transformar o Brasil em um dos principais centros de desenvolvimento de
biocombustíveis para mercados onde os carros elétricos chegarão de forma mais
lenta, como é o caso da Índia, que ainda utiliza muitos carros a combustão.
Entretanto, o país asiático afirmou na conferência da ONU
que planeja acelerar a presença de carros elétricos ou de outras fontes
sustentáveis em emissão. Ainda assim, Nova Deli, capital da Índia, se mostrou a
favor de levar o carro flex para a região.
Dentre os dirigentes que assinaram o pacto, governantes já
haviam afirmado a disposição de finalizar a comercialização de carros a
combustão em 2030. Entre as metrópoles que fecharam o acordo, apenas Buenos
Aires não entrou.
Brasil
apoia o uso do etanol
O Governo Federal e a indústria de cana-de-açúcar exaltaram
o uso do etanol no novo cenário de veículos elétricos. A comitiva mostrou na
COP26 as vantagens do uso de etanol que afirma ter uma taxa de emissão de
carbono menor que a dos veículos elétricos.
O etanol está cada vez mais no centro de debates com o
início da transição para os carros elétricos e fim da comercialização de
modelos a combustão. Embora os elétricos tenham um preço maior, o seu valor
cairá de forma significativa nos próximos anos.
Um dos seus principais componentes, a bateria, tem visto seu
preço cair a cada ano e com a criação de novas tecnologias, a tendência é que
os modelos “zero emissão” fiquem mais acessíveis.
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