Após furacão Irene, EUA tentam normalizar transportes e energia
Embora mais fraco que o previsto, Irene causou 21 mortes, inundações e cortes de eletricidade na costa leste
A população da costa leste dos EUA tenta voltar à vida normal nesta segunda-feira, após a passagem do furacão Irene, que causou 21 mortes além de inundações e cortes de energia, mas foi muito menos devastador do que as previsões feitas por especialistas e autoridades na semana passada.
Em estimativa preliminar, a empresa Kinetic Analysis Corp. afirmou que a passagem do Irene provocou a perda de US$ 7 bilhões (por volta de R$ 11,1 bilhões).
Foto: AP
Moradores aguardam trem em estação de metrô de Nova York
Cerca de cinco milhões de domicílios e prédios comerciais ficaram sem energia durante a passagem do furacão, que atingiu a Carolina do Norte no sábado e foi reduzido para a categoria detempestade tropical no dia seguinte, ao chegar à cidade de Nova York.
Na noite de domingo a eletricidade começou a voltar para muitos moradores da costa leste, mas a normalização total do serviço deve levar alguns dias.
Em Nova York, o sistema de transporte público começa a ser restabelecido, após ter sidocompletamente fechado no sábado. Trens, metrô e ônibus – que atendem cerca de cinco milhões de pessoas em um dia útil – ficaram sem funcionar até a noite de domingo.
Na manhã desta segunda-feira, todas as 22 linhas do metrô de Nova York estavam funcionando, embora algumas estações ainda estejam fechadas por causa de inundações, como as que estão localizadas na região de Rockaways, no Queens. Os intervalos entre os trens também estão mais longos que o normal e as autoridades avisaram a população sobre prováveis atrasos e filas.
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Já o sistema ferroviário continuará fechado porque os trilhos sofreram danos consideráveis por causa de inundações e quedas de árvores. Ônibus voltaram a circular pela cidade na noite de domingo.
Os aeroportos da região de Nova York, que também ficaram fechados durante o fim de semana, tentam normalizar as operações. O La Guardia foi reaberto às 7h no horário local (8h de Brasília), enquanto Newark e John F. Kennedy devem retomar as operações às 12h (13h de Brasília).
O fato de o Irene ter provocado poucos danos além de inundações, queda de árvores e cortes de energia em Nova York levou moradores a questionar se as medidas de segurança tinham sido exageradas. Mas o prefeito da cidade, Michael Bloomberg, defendeu a decisão.
"Não estávamos dispostos a arriscar a vida de nenhum nova-iorquino”, afirmou. “Estamos em boa forma (após a passagem do Irene) por causa dos passos exaustivos que tomamos para nos preparar para qualquer coisa que encontrássemos pela frente.”
Durante a semana, o furacão Irene chegou a alcançar a categoria 3 e deixou um rastro de destruição no Caribe. Ao atingir a Carolina do Norte, o furacão tinha categoria 1, e dali em diante não ganhou mais força.
Ao chegar ao Canadá, na madrugada de segunda-feira, Irene já tinha perdido as características de uma tempestade tropical, com ventos de 80 km/h. Ainda assim, as chuvas deixaram cerca de 250 mil casas sem energia em Quebec, a cidade canadense mais atingida.
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