Por Cristen Conger
Sexta, 15 de abril de 2011
Para as crianças de hoje em dia, a principal preocupação dos pais não ése devem ter um celular ou não, mas quando.
Dados do Pew Internet and American Life Project indicam que 75% dos jovens entre 12 e 17 anos têm um dispositivo móvel. Em 2004, menos da metade desse grupo etário possuía celulares, e há uma tendência de baixa na faixa etária das crianças que têm acesso aos aparelhos.
Em uma pesquisa realizada pela Mediamark, 20% das crianças entre seis e 11 anos possuíam um telefone celular em 2009. Essa tendência aumentou dramaticamente durante os últimos cinco anos entre crianças de 10 e 11 anos: cerca de 80%.
Crianças de seis anos podem parecer jovens demais para ter um celular, mas os especialistas em desenvolvimento infantil não recomendam uma idade ideal para que os pequenos tenham seu primeiro aparelho.
Em vez de esperar por este tipo de indicação ou número mágico, a decisão de dar um telefone celular a seu filho deveria depender de outro tipo de fatores, incluindo a responsabilidade pessoal, a necessidade ou o respeito parental.
Colocar um telefone celular nas mãos das crianças antes que tenham maturidade para isso pode ser um verdadeiro desperdício de dinheiro, além de deteriorar a intercomunicação familiar.
Especialista em mídia digital para crianças, Patricia Greenfield declarou sua posição sobre o assunto em um artigo do New York Times: “Deveríamos esperar o maior tempo possível para preservar a comunicação entre pais e filhos”.
Hoje em dia, os pais esperam até os filhos ingressarem no ensino médio para realizar essa compra inicial. Dados do Pew Internet and American Life Project indicam quem a maioria das crianças entre 11 e 12 anos já têm aparelhos próprios.
O que esses jovens fazem com seus telefones celulares?
Além de falar com amigos e enviar mensagens de texto, as crianças entre 6 e 11 anos usam o celular principalmente para ligar para os pais. E não é de se estranhar que, à medida que atinjam a adolescência, as atividades ao celular se transfiram da família para os amigos.
Entretanto, possuir um telefone celular pode atrapalhar o dsenvolvimento infantil. Um estudo abrangante realizado com crianças dinamarquesas descobriu uma ligação entre a exposição fetal e infantil a telefones celulares e problemas de comportamento na adolescência.
Porém, essa conexão pode estar mais ligada à exposição dos pais aos telefones celulares. Crianças que usavam celulares aos sete anos apresentavam metade da probabilidade de desenvolver problemas de comportamento em relação às que foram expostas aos aparelhos noútero, mas não depois do nascimento.
Como consequência, a distração dos pais devido ao uso dos celulares pode ser a origem de perturbações psicológicas nos filhos, uma conexão que ainda precisa ser comprovada com novos estudos.
Enquanto as discussões sobre o uso no celular na infância continuam, é bem mais fácil abordar as questões básicas de segurança.
Embora os pais não possam controlar totalmente as conversas de seus filhos pelo celular, várias operadoras oferecem filtros e restrição de opções. Muitos pais também preferem os telefones pré-pagos, que não vêm com tantas “maravilhas” como os dispositivos de alta tecnologia.
Independentemente da decisão dos pais, uma coisa é certa: seus filhos pedirão um celular em algum momento, e eles devem estar preparados para isso.
Afinal, finda a discussão sobre o telefone celular, em breve a próxima questão será “qual é o melhor momento para dar um automóvel?”.
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