O lago mais gosmento do mundo


O lago Erie é o quarto maior dos cinco grandes lagos da América do Norte, e o décimo primeiro maior lago do mundo, por área de superfície.

Esse lago, além de fornecer água potável para a população vizinha, é uma fonte para muitos comércios fluviais e navegações. A vazão do lago Erie gira as turbinas enormes nas Cataratas do Niagara, que fornece energia hidrelétrica para o Canadá e os EUA.

O desenvolvimento industrial intensivo ao longo das margens do lago tem prejudicado o ambiente por décadas com problemas como a pesca sem prudência, poluição e proliferação de algas tóxicas.

Durante os meses de verão, o lago Erie, juntamente com o resto dos cinco grandes lagos é impregnado por enormes quantidades de algas verdes, muitas vezes com milhares de quilômetros quadrados de extensão.


As algas se proliferam, alimentando-se do excesso de nutrientes sob a forma de fósforo na água. O fósforo vem de estações de tratamento de esgoto e fertilizantes utilizados em fazendas, em que o escoamento, junto com a água da chuva, entra em córregos e rios, e eventualmente no lago Erie. As algas azuis e verdes precisam de luz para se desenvolverem. Por isso, o lago Erie, sendo o mais raso dos grandes lagos, especialmente em sua extremidade oeste, é mais suscetível a algas do que seus “primos mais profundos”, que não têm a mesma penetração da luz solar.


As algas flutuam na superfície e se multiplicam rapidamente, e quando elas morrem, vão para o fundo do lago, onde se deterioram e absorvem o oxigênio da água, criando zonas mortas, onde a maioria dos animais aquáticos não conseguem sobreviver. Centenas de milhares de peixes mortos apareceram na costa de Erie em 2011, quando o lago teve a maior proliferação de algas na história. As algas azuis e verdes invadiram o lago, cobrindo um sexto da superfície. Elas se estenderam mais de 20 km das praias e, na bacia central, observou-se a uma profundidade de pelo menos 18 metros.

Nem todos os tipos de algas são destrutivas, mas a floração é principalmente de Microcystis aeruginosa, uma alga que é tóxico para os mamíferos. A Microcystis aeruginosa produz uma toxina no fígado de quem a ingere chamada microcistina, que normalmente mata cães que nadam na água contaminada e provoca irritação na pele, dificuldade respiratória e problemas gastrointestinais em humanos.


As algas são comuns na bacia ocidental desde as décadas de 50 e 60. O fósforo vindo de fazendas, do esgoto e da indústria de fertilizantes, constroem um espaço propício nas águas do lago para que grandes algas se desenvolvam ano após ano. A proliferação diminuiu um pouco a partir dos anos de 1970, quando os regulamentos e melhorias na agricultura e tratamento de esgoto limitaram a quantidade de fósforo, poluindo menos o lago com o elemento. Entretanto, o problema ressurgiu nos últimos anos.



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