Caça-fantasma de 87 anos mora em museu do horror

Entre os itens do porão, existe suposta boneca assassina.


Você acredita em assombração? Em Monroe, uma cidade pacata no estado americano de Connecticut, mora Lorraine Warren. A senhora simpática de 87 anos é a caça-fantasmas mais célebre dos Estados Unidos.

Ela e o marido Ed Warren, falecido há sete anos, investigaram mais de dez mil casos paranormais.

Lorraine é médium e diz que vê luzes e imagens desde os 7 anos. Como estudava num colégio de freiras, preferia esconder o dom que dizia ter.
“Eu nunca quis ser diferente, queria me misturar com as outras meninas”, conta Lorraine Warren.

Mas tudo mudou quando conheceu Ed, aos 18 anos. Os dois nunca mais se separaram. Eles eram chamados para investigar episódios que a ciência não consegue explicar.

Alguns viraram filmes: um dos mais famosos aconteceu na década de 70, em uma casa de Amityville, no estado de Long Island.

“Foi o pior caso em que trabalhamos. Quando chegamos na casa, meu marido desceu no porão e foi derrubado. Em seguida sentiu algo como um cobertor quente cobrindo ele e que o impedia de respirar. Ed só conseguiu escapar depois que começou a rezar", lembra Lorraine.

Lorraine conta que os eventos paranormais começaram depois que um casal e três filhos se mudaram para o imóvel onde tinha acontecido um massacre: 13 meses antes, seis pessoas da mesma família morreram assassinadas. Os móveis e as portas se mexiam sozinhos. Marcas apareciam no corpo. Imagens, barulhos e vozes atormentavam os moradores.

O Fantástico entrou em um lugar da casa que Lorraine considera um dos mais mal-assombrados do mundo. É o porão da casa dela, onde foi feito um museu. Todos os objetos que estão lá foram retirados de lugares onde ocorreram assassinatos e muitas histórias aterrorizantes.

Antes de abrir a porta recebemos uma benção do padre Jim Anziano, amigo de Lorraine, que faz uma oração: “Que nossa senhora nos proteja de todos os demônios. Em nome de Jesus, eu ordeno que os demônios que não nos infestem, não nos influenciem e não nos toquem”.

Cada peça do museu fez parte dos casos investigados pelo casal. Instrumentos usados em rituais satânicos. Figuras sinistras. Crânios, livros de bruxaria. Bonecos de vodu.
“O espelho era usado em invocações de espíritos”, diz o padre.

O órgão tocava sozinho na casa de uma família que pediu a ajuda do casal Warren. Um ídolo satânico de olhar perturbador foi encontrado em uma floresta. A lápide retirada de um túmulo de uma criança fazia parte de rituais macabros.
“Mas nada é tão assustador quanto Anabelle”, diz o padre.

A boneca está trancada em uma caixa com porta de vidro desde quando chegou, há 40 anos. Ela fica na caixa não somente para evitar que as pessoas toquem nela. O medo é que ela escape.
O padre conta que a boneca de pano pertencia a uma estudante universitária e, todos os dias, quando a moça voltava para casa, ela estava em um lugar diferente.

Anabelle teria tentado estrangular um amigo da estudante e arranhado o corpo dele. Depois de encontrar a boneca com sangue nas mãos, ela decidiu entregá-la para o casal de caça-fantasmas.

“A última pessoa que tocou na boneca morreu logo depois em um acidente de moto”, diz ele.

Pergunto a Lorraine se ela nunca teve medo de enfrentar fantasmas. Ela diz que a fé e as orações a protegem da influência negativa dos maus espíritos. Para os que não acreditam em demônios, ela diz que as pessoas têm liberdade para escolher o que querem.

"Há os que não acreditam em Deus e é a escolha delas. Há pessoas que têm medo de acreditar em demônios, mas eu digo que eles existem. E estão à nossa volta, definitivamente”, completa Lorraine
.

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